domingo, dezembro 19

Corrupção

Uma imagem diz mais que mil palavras.
Mas uma imagem pode não mudar nada.
Nestas horas acho que a palavra tem um efeito mais impactante.
Vide o mapa do Brasil.....Vide a corrupção desse país....
Em todos os email de protesto que recebo, em todas as discussões que tenho com amigos, em todas os momentos de revolta lendo o jornal, o que realmente sinto é uma voz fraca, cansada, fina e sem som!!!!
Será que compartilhamos disto tudo, da mesma maneira que compartilhamos com a poluição?
Será então que o caminho é minimizar essa participação? fazendo uma analogia, quando fechamos a torneira enquanto escovamos os dentes, quando compartilhamos caronas, estamos ajudando a melhorar o ecossistema, com atitudes simples. Logo, qual é a atitude simples para minimizar a corrupção?

quinta-feira, novembro 25

COMO MATAR A INICIATIVA

Equipes inteligentes costumam ter líderes inteligentes. Líderes cientes da complexidade das relações do mundo de hoje, cada vez mais em busca de formas colaborativas de desenvolvimento, e que trazem na bagagem uma importante ferramenta: o estímulo à iniciativa. Mas também há aqueles que insistem em estilos limitados de liderança, baseados no “manda quem pode, obedece quem tem juízo”, na coerção e medo ao invés da influência e respeito.
Para fertilizar a iniciativa dos liderados é preciso ter credibilidade. Ela é obtida pela coerência entre o que o líder fala e o que demonstra ser ao longo do tempo. Sua capacidade de pensar, sentir e agir em sincronia valida suas decisões junto ao grupo, inclusive as mais drásticas.
Ah, se todas as famílias soubessem que iniciativa se estimula desde a infância... A criação de ambientes de bloqueio à iniciativa, em especial em grupos que lidam com criatividade e inovação, inicia na não admissão de qualquer tipo de erro. Se é proibido errar, em especial em processos em desenvolvimento, a iniciativa se torna anêmica. Veja bem: eu escrevi processos em desenvolvimento. Um piloto de avião, no processo já desenvolvido que envolve seu trabalho, precisa reduzir a zero qualquer margem de erro.
O compartilhamento de informações também fortalece a iniciativa. Quando as informações ficam nas mãos de apenas alguns, em nome de pseudo- controles, o grupo busca a zona de conforto do “eu não sabia”. Um veneno para a iniciativa.
Pessoas com origens, culturas e vivências diferentes tendem a propor caminhos diferentes para a solução do mesmo problema. Quer enfraquecer ainda mais a iniciativa? Force todos a adotarem apenas um caminho: o seu.
Comunicação também faz diferença. Tom professoral, soberbo e nada afeito ao conhecimento que os liderados trazem consigo, promove a falência múltipla de órgãos da iniciativa. Dar aula não é o caminho. Promover o prazer da descoberta em cada nova situação, sim. “O que podemos aprender com isso?” é uma observação valiosa e poderosa.
Por último, para acabar de vez com a maldita da iniciativa, crie a regra psicológica de que ela cabe somente ao chefe, inclusive “tendo” ideias que um dia já foram de alguém do grupo. Este é o travesseiro que sufoca de vez moribunda.
Encerre o trabalho cavando duas covas: uma minscula, para sepultar a iniciativa e outra, bem maior, para acomodar o ego do pseudo-líder.
por Eduardo Zugaib

quarta-feira, novembro 24

O porteiro do prostíbulo

Não havia no povoado pior ofício do que “porteiro do prostíbulo”. Mas que outra coisa poderia fazer aquele homem? O fato é que nunca tinha aprendido a ler nem escrever, não tinha nenhuma outra atividade ou ofício.

Um dia, entrou como gerente do prostíbulo um jovem cheio de idéias, criativo e empreendedor, que decidiu modernizar o estabelecimento. Fez mudanças e chamou os funcionários para as novas instruções. Ao porteiro disse:

- A partir de hoje, o senhor, além de ficar na portaria, vai preparar um relatório semanal onde registrará a quantidade de pessoas que entram e seus comentários e reclamações sobre os serviços.

- Eu adoraria fazer isso, senhor – balbuciou – mas eu não sei ler nem escrever!!

- Ah! Quanto eu o sinto! Mas se é assim, já não poderá seguir trabalhando aqui.

- Mas Senhor, não pode me despedir, eu trabalhei nisto a minha vida inteira, não se fazer outra coisa.

- Olhe, eu compreendo, mas não posso fazer nada pelo senhor. Vamos dar-lhe uma boa indenização e espero que encontre algo que fazer. Eu sinto muito e que tenha sorte.

Sem mais nem menos, deu meia volta e foi embora. O porteiro sentiu como se o mundo desmoronasse. Que fazer? Lembrou que no prostíbulo, quando quebrava alguma cadeira ou mesa, ele a arrumava, com cuidado e carinho.

Pensou que esta poderia ser uma boa ocupação até conseguir um emprego.

Mas só contava com alguns pregos enferrujados e um alicate mal conservado.

Usaria o dinheiro da indenização para comprar uma caixa de ferramentas completa. Como o povoado não tinha casa de ferragens, deveria viajar dois dias em uma mula para ir ao povoado mais próximo para realizar a compra.

E assim o fez. No seu regresso, um vizinho bateu à sua porta:

- Venho para perguntar se você tem um martelo para me emprestar.

- Sim, acabo de compra-lo, mas eu preciso dele para trabalhar…

- Bom, mas eu o devolverei amanhã bem cedo.

- Se é assim, está bom.

Na manhã seguinte, como havia prometido, o vizinho bateu à porta e disse:

- Olha, eu ainda preciso do martelo. Porque você não o vende para mim?

- Não, eu preciso dele para trabalhar e além do mais, a casa de ferragens mais próxima está a dois dias mula de viagem.

- Façamos um trato – disse o vizinho. Eu pagarei os dias de ida e volta mais o preço do martelo, já que você está sem trabalho no momento. Que lhe parece?

Realmente, isto lhe daria trabalho por mais dois dias… aceitou. Voltou a montar na sua mula e viajou. No seu regresso, outro vizinho o esperava na porta de sua casa.

- Olá, vizinho. Você vendeu um martelo a nosso amigo. Eu necessito de algumas ferramentas, estou disposto a pagar-lhe seus dias de viagem, mais um pequeno lucro para que você as compre para mim, pois não disponho de tempo para viajar para fazer compras. Que lhe parece?

O ex-porteiro abriu sua caixa de ferramentas e seu vizinho escolheu um alicate, uma chave de fenda, um martelo e uma talhadeira. Pagou e foi embora. E nosso amigo guardou as palavras que escutara: “não disponho de tempo para viajar para fazer compras”. Se isto fosse certo, muita gente poderia necessitar que ele viajasse para trazer as ferramentas.

Na viagem seguinte, arriscou um pouco mais de dinheiro trazendo mais ferramentas do que as que havia vendido. De fato, poderia economizar algum tempo em viagens. A notícia começou a se espalhar pelo povoado e muitos, querendo economizar a viagem, faziam encomendas. Agora, como vendedor de ferramentas, uma vez por semana viajava e trazia o que precisavam seus clientes. Com o tempo, alugou um galpão para estocar as ferramentas e alguns meses depois, comprou uma vitrine e um balcão e transformou o galpão na primeira loja de ferragens do povoado. Todos estavam contentes e compravam dele. Já não viajava, os fabricantes lhe enviavam seus pedidos.

Ele era um bom cliente. Com o tempo, as pessoas dos povoados vizinhos preferiam comprar na sua loja de ferragens, do que gastar dias em viagens.

Um dia ele lembrou de um amigo seu que era torneiro e ferreiro e pensou que este poderia fabricar as cabeças dos martelos. E logo, por que não, as chaves de fendas, os alicates, as talhadeiras, etc. E após foram os pregos e os parafusos. Em poucos anos, nosso amigo se transformou, com seu trabalho, em um rico e próspero fabricante de ferramentas. Um dia decidiu doar uma escola ao povoado. Nela, além de ler e escrever, as crianças aprenderiam algum ofício. No dia da inauguração da escola, o prefeito lhe entregou as chaves da cidade, o abraçou e lhe disse:

- É com grande orgulho e gratidão que lhe pedimos que nos conceda a honra de colocar a sua assinatura na primeira página do Livro de Atas desta nova escola.

- A honra seria minha – disse o homem. Seria a coisa que mais me daria prazer, assinar o Livro, mas eu não sei ler nem escrever, sou analfabeto.

- O senhor?!?! – disse o prefeito sem acreditar. O senhor construiu um império industrial sem saber ler nem escrever? Estou abismado. Eu pergunto: o que teria sido do senhor se soubesse ler e escrever?

- Isso eu posso responder – disse o homem com calma. Se eu soubesse ler e escrever, seria o porteiro do prostíbulo!!!!!

Geralmente as mudanças são vistas como adversidades. As adversidades podem ser bênçãos. As crises estão cheias de oportunidades!

terça-feira, julho 6

74 Seven Four You - Serve Para Você

Serve para você: você que não quer comprar livros de como conquistar sonhos, e sim debater como ter um sonhos, ou se for melhor não ter.